Salvação
Tadeu Breda, Luiza Brandino, Bianca Oliveira, Carla Fortino, bell hooks, Leticia Quintilhano, Denise Matsumoto, Bhuvi Libanio, Fabiana Medina, Vinícius da Silva, Sidney Schunck, Denise Pessoa Ribas, nina rizzi, Eduarda Rimi - Editora Elefante
SINOPSE
O amor foi de fato ridicularizado — não apenas a mensagem para "amar seus inimigos", da revolução não violenta encabeçada por Martin Luther King, mas também a mensagem de construir amor-próprio, autoestima saudável e comunidades amorosas. Como a busca por poder subsumia a busca por libertação na luta antirracista, havia pouca ou nenhuma discussão sobre o propósito e o significado do amor na experiência negra, do amor na luta pela libertação. O abandono de um discurso sobre o amor, de estratégias para criar uma base de autoestima e autovalorização que reforçasse as lutas pela autodeterminação, proporcionou o enfraquecimento de todos os nossos esforços para criar uma sociedade na qual a negritude pudesse ser amada por pessoas negras, por todo mundo. A difamação do amor na experiência negra, em todas as classes sociais, tornou-se terreno fértil para o niilismo, para o desespero, para a violência terrorista contínua e o oportunismo predatório. Isso tirou de muitas pessoas negras a ação positiva necessária se quisermos nos autorrealizar coletivamente e ser autodeterminados. Muitos dos ganhos materiais gerados pela luta militante antirracista têm tido pouco impacto positivo na psique e na alma de pessoas negras, pois a revolução interior, que é a fundação sobre a qual construímos o amor-próprio e o amor pelos outros, não aconteceu. Os negros e nossos aliados reconhecem que a potência transformadora do amor na vida cotidiana é a única força que pode resolver a infinidade de crises que enfrentamos agora. Não conseguiremos efetivamente resistir à dominação se nossos esforços para criar mudanças pessoais e sociais significativas e duradouras não estiverem fundamentados em uma ética do amor. Profeticamente, Salvação: pessoas negras e o amor nos chama para retornar ao amor. Abordando o significado do amor na experiência negra hoje, clamando por um retorno a uma ética do amor como plataforma de renovação da luta antirracista progressista e oferecendo um modelo para a sobrevivência e a autodeterminação negras, esta obra corajosamente nos leva ao cerne da questão. Dar amor a nós mesmos, amar a negritude, é restaurar o verdadeiro significado de liberdade, esperança e possibilidade na vida de todos nós. — bell hooks, na Introdução
252 páginas
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