Autor que já surgiu maduro, Rubem Fonseca estreou na literatura em 1963 com Os prisioneiros. Com perfeito domínio da escrita, inaugurava uma nova maneira de fazer literatura no Brasil, ao falar do homem da metrópole com todos seus vícios e virtudes, em uma linguagem ao mesmo tempo direta e lírica. O que há em comum em seus personagens é a luta para preservar a liberdade interior, mesmo que todos sejam prisioneiros do lugar e do tempo em que vivem.Do halterofilista de "Fevereiro ou março" ao homem em busca dos amigos do passado de "O inimigo", os protagonistas desses onze contos guardam uma força para resistir ao mundo que uniformiza e corrompe o que existe de mais verdadeiro em cada ser humano.