Ocidentais

Ocidentais

Machado de Assis - Domínio Público

SINOPSE

Ocidentais é o último livro de poesias de Machado de Assis (lançado em seu volume de poesia completa). Algumas pessoas defendem ferrenhamente a habilidade poética superior de machado, como Câmara Jr. (um dos fundadores da linguística brasileira) que afirmava ser um absurdo não reconhecer a habilidade poética de Machado, ou José Veríssimo que afirmava que "Machado de Assis [...] desde o princípio se distinguira pela arte excelente dos seus versos" e que "[os poemas de Crisálidas] pressagiam o poeta perfeito das Ocidentais.O nome Ocidentais não é por acaso, Machado queria mostrar as várias faces da poesia (canônica) ocidental, ou melhor, "as ocidentais", já que as diferenças entre as épocas e as nações são muitas. Há em Ocidentais quatro traduções bastante representativas e que influenciaram gerações e gerações de poetas e leitores: O Corvo de Poe (via Baudelaire), o solilóquio de Hamlet To be or not to be de Shakespeare, Os Animais Iscados da Peste de La Fontaine e o Canto XXV do Inferno de Dante. Apesar de traduções, esses quatro poemas são machadianos.A única tradução onde encontro o poeta "original" e não Machado é o famoso solilóquio hamletiano, mas isso se dá mais pela proximidade entre Machado e Shakespeare que pelo apagamento do tradutor. Os outros poemas do livro (difíceis de classificar) são da mais alta qualidade. Há ao menos dois poemas que são bastante famosos: Círculo Vicioso e Soneto de Natal. Apesar de famosos, muitos não sabem que foram escritas por Machado. Esses outros poemas são extremamente variáveis de temática, estilo e influência. Alguns são levemente filosóficos (como o "Círculo Vicioso"), outros de temática clássica (como o quase parnasiano "O Desfecho"). Há também influencias romanticas e naturalistas (como "Mundo Interior" e "Uma Criatura") mas sem nunca chegar a tornar-se poema romântico e/ou naturalista ou qualquer outra escola.

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