Nabil Araújo enfrenta neste livro um desaio que marca nossa época: após Death of a discipline (2003), de Gayatri Spivak, como repensar os fundamentos da Literatura Comparada sem incorrer em defesas anacrônicas ou postulações ingênuas? Ou como evitar a tentação aparentemente sofisticada de reduzir a dificuldade da tarefa por meio de um drible: jinga conceitual que recorre, sempre e ainda outra vez, ao onipresente prefixo de plantão? (Isto é, estaríamos em plena era da pós-comparatística e seus textos pós-autônomos em rotação). Pelo contrário, o autor pensa o problema, em diálogo com a obra de Jacques Derrida, inventariando complexidades que tornam a pergunta inicial trampolim para o mergulho reflexivo aqui oferecido ao leitor. O evento comparatista se impõe desde já como título de referência na área da Literatura Comparada.